terça-feira, 9 de julho de 2013

Exercício Físico no combate ao tabagismo

Não é preciso falar mais uma vez, que a prática da atividade física traz inúmeros benefícios para a saúde de qualquer indivíduo, seja ele criança, adolescente, adulto ou idoso. Tais ganhos são conhecidos e entre eles estão a melhora da força, do tônus muscular, fortalecimento dos ossos e articulações, perda de peso e gordura corporal, redução da pressão arterial em repouso, controle da glicemia sanguínea, diminuição do colesterol e redução do risco de morte com problemas cardíacos em 40%, por exemplo.
Em contrapartida, sabemos que o tabagismo age de forma contrária à saúde. Ou seja: enquanto a atividade física melhora a qualidade de vida e faz com que vivamos com mais saúde e por mais tempo, o tabagismo faz com que a vida dos fumantes seja reduzida – cerca de um minuto de vida a menos para cada minuto gasto fumando.
O fumo dificulta o processo respiratório e isso depende diretamente do número de cigarros fumados ao dia e do tempo em anos de tabagismo. Quanto mais cigarros e mais tempo de duração do vício, maior o risco de problemas cardiopulmonares futuros.
Há uma diminuição do muco do sistema respiratório. Essa substância protege o organismo contra agentes infecciosos como bactérias, vírus e partículas suspensas no ar poluído. Além disso, pode levar ao endurecimento de vasos sanguíneos, aumentando a pressão arterial e consequentemente conduzir ao surgimento de ateroscleroses, que são placas de gordura que aparecem nas paredes de artérias e veias. Praticar atividade física não pode compensar os danos causados pelo tabagismo, mas pode ser uma importante ferramenta no processo de controle do fumo e na melhora da qualidade de vida do fumante.
Porém, devem-se tomar alguns cuidados ao prescrever exercícios para um fumante. Antes de começar qualquer atividade, é necessário fazer um check-up cardiovascular e pulmonar completo. Além disso, deve ser feita uma avaliação física detalhada com um profissional, onde constará uma anamnese com histórico familiar e pessoal além de dados como peso, altura, percentual de gordura, peso magro e peso gordo, entre outras informações que farão que o programa de exercícios seja prescrito de forma correta e eficiente.
Algumas informações são de extrema importância para o profissional de educação física ao prescrever exercícios para um fumante. O cigarro afeta entre 20% e 30% da capacidade cardiovascular do fumante. Para a pessoa que fuma e logo em seguida faz exercício físico, a pressão arterial aumenta e para quem já tem problema de hipertensão, tal situação pode levar a complicações. Além disso, o cigarro é também um fator de risco para doenças coronarianas. Desta forma, quem fuma há muito tempo e resolve praticar atividades físicas pode ficar exposto ao risco de um infarto. Por isso a importância dos exames antes do início da prática.
Até mesmo quem fuma somente após os exercícios está sujeito aos danos e riscos que o cigarro pode causar, já que a respiração está mais ofegante e mais forte, assim a pessoa acaba inalando mais substâncias tóxicas.
O programa de exercícios deve ser feito de forma segura e gradual, sempre lembrando que não é fácil fazer com que um fumante largue seu vício, isso será o maior desafio. A dependência associada ao sedentarismo torna a vida desses cidadãos ainda mais vulnerável a doenças. Sabe-se que o grande vilão dos dependentes dessa droga é a nicotina, que neurológica e fisicamente impede as oportunidades do fumante largar o vício. O conhecimento em outras áreas como o da psicologia e áreas afins e o trabalho com uma equipe multidisciplinar, também podem colaborar na qualidade do atendimento. Exercícios físicos e tabagismo não combinam e o esforço do profissional e do dependente será decisivo para que o fumante pare ou não de fumar. Isso será um constante estímulo que terá para deixar o vício. Mostrar a ele diariamente os benefícios e fazer com que perceba a melhora em sua respiração ao simples ato de subir uma escada será decisivo nessa luta diária contra o fumo.

sábado, 22 de junho de 2013

Acessórios para variar seu treino.





Acredito que a maioria de vocês já deva ter entrado em uma academia de musculação. Tendo praticado ou não, a imagem fica na memória: máquinas pesadas, anilhas, barras, halteres e outros aparelhos e acessórios que compõem essa atmosfera. Mas de alguns anos pra cá, pequenos acessórios tem achado seu espaço nessa “terra de gigantes”, e ajudado de forma bastante relevante as pessoas a atingirem seus objetivos. Eles chegaram gerando desconfiança, desacreditados por muitos, que diziam que aquilo era “modinha” e em nada iria acrescentar. Mas os anos passaram e hoje esses acessórios fazem parte do dia a dia das academias e studios, tornando os treinos mais variados, desafiadores e muitas vezes mais divertido. Vou listar apenas alguns e torço para que você tenha a oportunidade de utilizá-los:

1-    BOSU: o nome parece (e realmente é) estranho, mas é a sigla para Both Sides Up (ambos os lados para cima). Trata-se de uma meia-esfera de plástico inflável, semelhante a uma bola cortada ao meio e que suporta até 1000kg. Isso mesmo: uma tonelada! Ele possibilita que se façam inúmeros movimentos, como pular, correr, saltar, caminhar, fazer abdominais, exercícios de equilíbrio e flexibilidade. Promove a melhora da coordenação motora, aumenta a eficiência neuromuscular dos músculos neutralizadores e estabilizadores. É um equipamento bastante seguro, permitindo que qualquer pessoa, independente do nível de atividade física, consiga resultados positivos em seu treinamento. Ele também desafia os mais experientes, possibilitando sua evolução. Se você está à procura de um trabalho de reabilitação, alongamento, coordenação ou um treino de resistência, o BOSU tem como finalidade atender a todas as necessidades individuais de cada pessoa em qualquer aula ou tipo de treinamento.

2-    KETTLEBELL: O kettlebell ou Girya, como é chamado em russo, é uma bola de ferro com uma alça, utilizada há séculos para desenvolver força, potência e condicionamento cardiovascular. A característica singular deste equipamento é que o centro de massa se encontra fora da mão do praticante, o que possibilita a realização de movimentos balísticos (arremessos), que promovem uma integração muscular não encontrada em outros equipamentos de fitness. O treino com kettlebell pode ser feito em qualquer lugar, pois ele é fácil de ser transportado. Outra vantagem é a capacidade de seqüenciar diferentes exercícios de forma harmoniosa, sem deixar o peso de lado em nenhum momento, o que torna a sessão de kettlebell training desafiadora. O treino com este equipamento proporciona a realização de movimentos de arremesso e potência. Essa sequência de movimentos acompanhada do peso faz com a musculatura seja mais exigida do que em outros treinos. Ou seja, os movimentos geram uma integração muscular que estimulam o sistema nervoso a utilizar as articulações do quadril, joelho e coluna vertebral, da melhor maneira possível, tornando as tarefas do dia-a-dia mais fáceis. 

3-    FITA DE SUSPENSÃO: é o acessório utilizado no chamado treinamento suspenso, que se popularizou pelo nome de TRX, que na verdade é a marca comercial da fita que originou o método. O treino em suspensão é uma modalidade de treino única, que usa o peso do próprio corpo e a força da gravidade como resistência. Ao contrário da ginástica normal, o treino em suspensão permite recriar quase todos os movimentos atléticos livremente. A simplicidade de utilização da fita permite uma transição fluida entre os exercícios, assim como ganhar resistência, força, equilíbrio e flexibilidade, com um só aparelho. O treinamento suspenso integra grupos musculares diversos em cada exercício, reduzindo assim o risco de lesão por sobrecarga ou isolamento de um só músculo. Uma vez que somente se utiliza o peso do corpo e a força gravidade, a intensidade dos exercícios é facilmente ajustável, sendo necessário apenas ajustar o ângulo do corpo em relação ao ponto de fixação da fita.